segunda-feira, 31 de março de 2008

O restaurante vai fechar?

No fim da tarde de sexta feira surgiu um cartaz no Monet anunciando que o restaurante fecharia, enquanto a lanchonete continuaria aberta. A decisão surgiu depois de que a direção da Faculdade, a direção da Fundação e o dono do Monet se reuniram para discutir a Carta de reivindicação dos estudantes. Recebemos com surpresa a notícia já que o boicote dos alunos em nenhum momento pediu que o restaurante fosse fechado. Ficamos ainda mais espantados por ninguém saber nos informar quem tomou a decisão, a Direção da Faculdade diz que surgiu do próprio Monet, já o dono do restaurante diz que veio da Fundação, até agora ninguém abriu mão da sua versão da história.
E porque fechar o restaurante e não a lanchonete, já que o restaurante é mais lucrativo, como o próprio pessoal do Monet nos informou? Do que precisamos mais: da lanchonete ou do restaurante? Quem tem poder de decisão sobre isso? O contrato prevê o oferecimento de refeições ou só de lanches?
O episódio se torna ainda mais nebuloso com a informação de que o contrato do Monet já estava vencido desde o ano passado. Se isso é verdade, como está sendo regulamentada a relação entre o Monet e a Fundação?

Um pouco mais sobre as reivindicações do boicote

Que o contrato da rede Monet seja aberto

Os estudantes não podem ter acesso ao contrato de prestação de serviços feito entre o Monet e a Fundação, o C.A.V.H. já tentou ter acesso ao documento, mas declararam que isso era impossível de ser conseguido, o mesmo acontece com o contrato com a empresa de xérox. Sem ter acesso ao contrato não temos como saber se a empresa está cumprindo as suas obrigações e nem qual é o combinado: não sabemos se é um contrato de exclusividade, que tipo de serviço o Monet deve oferecer, quais valores deve cobrar e nem por quanto tempo o Monet tem que prestar serviços.

Que a lanchonete e o restaurante cobrem preços compatíveis com estudantes e funcionários, e que ofereçam produtos e serviços com qualidade e eficiência

Marcos Dantas, superintendente administrativo da Fundação disse que uma das obrigações do Monet é "cobrar preços compatíveis com os da região". A única pequena diferença é que enquanto a Av. Paulista é cheia de executivos, o prédio da Fundação é cheio de estudantes e funcionários. E, mesmo assim, não é necessário muito esforço para encontrar na região restaurantes mais baratos que o Monet.
Precisamos ter uma lanchonete e um restaurante que cobrem preços acessíveis aos freqüentadores da Fundação, é urgente a instalação de um bandejão do mesmo modo que ocorre em outras faculdades (inclusive nas pagas como PUC e São Judas) e em outras emissoras de TV (Band, SBT e RedeTV)

Melhorias nos serviços prestados aos alunos pela Fundação e pela Faculdade

Apesar das altíssimas mensalidades que pagamos não recebemos serviços adequados: os laboratórios de redação estão sempre lotados, os computadores raramente funcionam direito, os laboratórios de edição não atendem as demandas das aulas, não há equipamentos (câmeras, TVs, data-shows) suficientes; em dias de calor algumas salas de aula se tornam inabitáveis; pagamos uma alta multa na biblioteca e não vemos esse dinheiro ser revertido em acervo; os recém trocados elevadores falantes vivem com problemas...

Transparência nas relações da Fundação Cásper Líbero com a Faculdade Cásper Líbero

A Fundação Cásper Líbero é a nossa mantenedora e foi criada com o intuito de garantir a existência da Faculdade, entretanto não sabemos como a relação de fato se dá. Na prestação de contas da Fundação não há uma clara distinção entre o que é da Faculdade e o que é da Fundação: não temos como saber qual é o destino das mensalidades que pagamos, do dinheiro arrecadado com as multas da biblioteca e das taxas da secretaria. Pagamos aluguel para usar alguns andares do prédio, mas, de repente, a Fundação decide fechar a lanchonete que serve a Faculdade e usar aquele espaço para fazer um call center do BestShop Tv ao mesmo tempo em que diz que não tem como fazer um espaço de convivência para os alunos.

Que a direção da Fundação marque uma audiência pública, na semana do dia 31 de março, com os estudantes para discutir as reivindicações acima

Para discutir sobre as questões acima é necessário a Fundação se mostre para os alunos, é necessários que possamos todos conversamos, debatermos e decidirmos sobre o que deve ser feito com a nossa Faculdade. Não queremos nos sentar com um representante da Fundação que não possui poder de decisão nenhum, servindo como um garoto de recados que ouve o que temos a dizer e leva para a direção da Fundação – o que impossibilita que haja uma real discussão e negociação.

SEGUNDA FEIRA TEM ASSEMBLÉIA NOS INTERVALOS (09:40 E 20:40)

sexta-feira, 28 de março de 2008

4º dia do boicote

Assembléia de hoje de manhã: pela manutenção do boicote!






Assembléia de sexta a noite: pela manutenção do boicote!











Pra saciar a fome da galera e evitar o tão-comodo-mas-ruim-Monet, estamos trabalhando com o Mané - cia de alimentos não duros. Diferentemente do Monet, a comida é fresquinha, não tem fila nem tumulto, muito menos preços orbitantes: cada um contribui com o que quiser - com o dinheiro arrecadado garantimos o próximo x-boicote!

quinta-feira, 27 de março de 2008

BOICOTE AO MONET: 2º DIA







Reunião ontem a noite: estudantes aprovam a carta de reivindicações!









Com mais adesão do que ontem, o boicote ao Monet continuou essa manhã. Numa reunião feita no intervalo os estudantes decidiram manter o boicote até que as reivindicações sejam atendidas - até agora nenhum pronunciamento da Faculdade nem da Fundação.

















Enquanto os salgados requentados do Monet esperavam desesperadamente algum comprador rolou um lanche coletivo: sanduíches, esfihas, brigadeiro e torta de queijo.

Quem quiser trazer algo de casa é só botar a mão na massa que depois fazemos uma vaquinha pra cobrir os gastos, que com certeza serão menores do que os do Monet. E pra quem colaborar com a organização do rango, é só aparecer nas reuniões !

quarta-feira, 26 de março de 2008

Monet ao meio-dia

26 do 3, DIA 1 DO BOICOTE

COMEÇA O BOICOTE AO MONET

Mais de duzentos estudantes, reunidos hoje cedo no terceiro andar, aprovaram as reivindicações (ver abaixo) elaboradas em reuniões abertas do CAVH e decidiram pelo início imediato de um boicote ao Monet até que elas sejam cumpridas.



Há muito que estudantes, funcionários e professores reclamam dos maus serviços do Monet e de seus preços altíssimos. Mesmo com queixas por parte dos órgãos de “decisão” da Faculdade (CTA e Congregação), a Fundação renovou por mais dois anos o contrato da lanchonete. E de lambuja fechou a unidade do sexto andar. A Direção prometeu (veja cópia do e-mail abaixo) que haveria outras empresas no terceiro andar. Não cumpriu.



Na impossibilidade de qualquer diálogo, nos resta mostrar força para sermos escutados, queiram eles ou não. Ninguém comerá no Monet até que haja uma resposta satisfatória, até que os preços tenham como parâmetro um público consumidor estudantil e não executivo, até que os salgados não sejam duros e “recheados” de massa, até que haja mais funcionários e mais organização para melhor atendimento nos horários de pico.



Participe ativamente do boicote, traga suas idéias e vontade de mudar as coisas (e talvez uma pipoquinha ou pão com manteiga). Enquanto durar o boicote iremos nos reunir na rampa do auditório do terceiro andar para avaliar e organizar as coisas, trazendo cada vez mais gente pro nosso lado, até que Monet e Fundação não tenham outra alternativa que não fazer sua obrigação: nos prover, de forma transparente, um serviço decente a preço justo. Nada mais.


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CARTA DE REIVINDICAÇÃO DOS ESTUDANTES

Não é de hoje que os freqüentadores da Fundação Cásper Líbero encontram dificuldades nas suas dependências. Nos últimos anos, muitas reclamações foram feitas em relação aos serviços, essenciais ao bom funcionamento da Faculdade, Televisão e Rádio. O restaurante e lanchonete Monet - que cobra preços abusivos, possui monopólio no atendimento e não oferece boa qualidade - tem sido apontado como um enorme empecilho, já que não há compatibilidade com nossas necessidades.

Por isso, reivindicamos que sejam tomadas providências para que as funções da Fundação sejam melhoradas. Já houve diversas tentativas de diálogos. No órgão máximo de deliberação da Faculdade - a Congregação -, o descontentamento foi colocado em pauta pelos professores e representantes discentes: alguma providência deveria ser tomada. O resultado foi que a Fundação fechou o outro ponto de serviço do restaurante, sobrecarregando os serviços, e tomou o local para desenvolver suas próprias atividades, estranhas aos interesses da Faculdade. Ainda chegou a anunciar que outra lanchonete seria aberta há meses...

Além disso, não é disponibilizado o contrato com a rede Monet, nem com outras empresas prestadoras de serviços - como Xérox, etc. Nós encontramos grandes dificuldades para xerocar os materiais; perdemos tempo nas filas do Monet atrasando as aulas, e somos multados abusivamente na biblioteca; entre outras coisas. Há uma grande nebulosidade nas contas da Fundação; não conseguimos compreender porque somos obrigados a pagar tanto por esses serviços fundamentais.

Exigimos, assim, os seguintes pontos:

Que no espaço da antiga lanchonete, situada no 6º andar, seja construído um bandejão – aberto a funcionários, professores e estudantes – a exemplo de outras faculdades como PUC, São Judas, Fundação Santo André e também de outras emissoras de TV como SBT e Band;

Que o contrato da rede Monet seja aberto;
Que a lanchonete e o restaurante universitário cobrem preços compatíveis com estudantes e funcionários, e que ofereçam produtos e serviços com qualidade e eficiência;
Melhorias nos serviços prestados aos alunos pela Fundação e pela Faculdade;
Transparência nas relações da Fundação Cásper Líbero com a Faculdade Cásper Líbero;
Que a direção da Fundação marque uma audiência pública, na semana do dia 31 de março, com os estudantes para discutir os as reivindicações acima citadas.

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E-mail da Direção, mandado pelo Centro de Eventos em 29/08/2007:



Comunicamos a alunos, professores e funcionários que, a partir de 1º de setembro próximo, a Lanchonete Monet instalada no 6º andar será desativada, em função de um remanejamento de setores internos da Fundação. Sendo assim, a área de alimentação ficará concentrada no 3º andar, cujo projeto prevê, inclusive, a instalação de outras empresas de alimentação, com o objetivo de ampliar a qualidade de produtos e serviços oferecidos.


A Direção


segunda-feira, 17 de março de 2008

Reunião extraordinária - Monet, xerox, laboratórios

Não é de hoje que a Cia de Alimentos Monet incomoda a vida - e a saúde - dos casperianos. Também não é novidade a fila interminável do xerox do 3o. andar, bem como o atendimento que deixa a desejar e os preços nada acessíveis. Como se não fosse suficiente, os laboratórios de redação estão sempre lotados, e em temperaturas sempre extremas.

O CAVH convoca todos os casperianos (alunos, funcionários e professores) para debater essas e demais questões relacionadas à infra-estrutura da faculdade em reunião extraordinária, na próxima quarta-feira, dia 19/03, às 11h30 e 18h, na sala do CA.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Alteração na grade de JO - reunião AMANHÃ

Começou há pouco tempo na coordenadoria de JO uma discussão sobre a reformulação da grade do curso de JO. Atualmente temos duas grades vigentes: uma pro pessoal do quarto ano e outro para o 1º, 2º e 3º ano. Por enquanto não foi aberto aos estudantes um espaço de participação estudantil assegurado para opinar sobre o formato do curso.

Para discutir as atuais grades, a proposta inicial de modificação e como os estudantes devem participar desse processo teremos uma reunião terça feira (amanhã) às 11:30 e 18:30 na sala do CAVH.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Vídeo para o 8 de março

Feito pelos alunos do Centro Acadêmico Benevides Paixão (PUC-SP)


texto Enecos - dia das mulheres

8 de março: Dia de Luta!

Mais do que uma data festiva para a promoção de shows, distribuição de flores e bombons, o 8 de março traz em si uma origem de reivindicações, lutas, greves, passeatas e perseguições. Simboliza, antes de tudo, a luta pela igualdade entre homens e mulheres. Como todas as reivindicações específicas, o combate à desigualdade entre os gêneros é parte de uma luta maior, uma luta pelo fim da sociedade desigual e de classes. A cultura da homofobia, do racismo, do machismo, assim como várias outras são reproduzidas pelo sistema capitalista através de seus vários instrumentos: os meios de comunicação, o estado, a escola, a famílias e outras esferas do cotidiano que reproduzem a cultura de privação da mulher de atividades na esfera pública, a partir do falso mito da inferioridade biológica e da fragilidade.

A abordagem da mulher pela mídia é um tópico que merece atenção especial. Percebemos que os meios de comunicação de massa vêm aniquilando simbolicamente as mulheres. A mídia atua como ferramenta do capitalismo e perpetua o pensamento dominante. É constante, por exemplo, o uso do corpo da mulher como objeto para a venda dos mais diversos produtos, do desodorante às cervejas, das brigas de audiência entre dançarinas do Faustão e as meninas da banheira do Gugu. Dessa forma, a mulher é tratada como apenas mais uma mercadoria, submissa, que está lá para ajudar a vender ou ser vendida.

É direito das mulheres terem autonomia sobre seus corpos e decidirem sobre sua vida, já que são elas quem têm noção clara de seu próprio bem-estar. Portanto, é dever do Estado laico ter uma política pública clara que proporcione acompanhamento da mulher-gestante e garanta a ela o direito de decidir sobre sua saúde e gravidez, com acompanhamento psicológico e estrutural, caso ela opte pelo interrupção da gestação. Tratar a questão como de saúde pública é evitar a morte de milhares de mulheres em virtude de métodos caseiros e clandestinos de abortamento; é salvar vidas e não o contrário. É dever do estado laico garantir o direito de escolha da mulher e não ceder às pressões dos discursos moralistas, religiosos e conservadores das estruturas opressoras presentes na sociedade atual. É dever do estado laico garantir a legalização do aborto!

Entendemos que as diversas esferas de nosso dia a dia exercem um papel relevante na manutenção da ordem vigente, satisfatória à minoria dominante. É no cenário atual de perpetuação da exploração dos (as) opressores (as) contra os (as) oprimidos (as) que a luta feminista nasce no sentido de buscar a transformação da sociedade. É necessário, portanto, que nós, lutadoras e lutadores sociais, nos unamos para combater os ataques neoliberais às mulheres e aos trabalhadores em geral, como as Reforma Trabalhista e da Previdência do Governo Lula, que retiram direitos da classe trabalhadora, e afetam principalmente as mulheres, que compõem a mão-de-obra mais precarizada e super-explorada, recebendo os menores salários e sofrendo uma das maiores explorações da força de trabalho, através da tripla jornada de trabalho. É nosso dever nos posicionarmos contra os levantes conservadores, como o projeto de lei "Bolsa Estupro", que tramita no Congresso e propõe que a mulher grávida por estupro que não interromper a gestação receba um salário mínino mensal durante 18 anos, reduzindo tanto o debate do aborto – como um mero problema financeiro, e não uma escolha da mulher – como o do estupro, fazendo pouco caso de uma das mais perversas experiências de violência de gênero.

O Movimento Estudantil muitas vezes reproduz as diversas formas de opressão contra a mulher. Por isso mesmo não pode se furtar desse debate e da lutar contra essa e qualquer outra forma de opressão. São avanços nessa luta os posicionamentos da ENECOS em 2006 como o Grupo de Estudo e Trabalho que discute a questão das opressões específicas; a organização dos setoriais e dos seus espaços de auto organização, a realização de debates mistos sobre a questão de gênero, a garantia de creches nos fóruns da entidade.

Por isso, hoje as mulheres do Movimento Estudantil de Comunicação vão às ruas em todo Brasil, apropriando-se do seu papel histórico, ajudando a construir novos horizontes para as mulheres e os(as) trabalhadores(as).

Get de Combate às Opressões da ENECOS

segunda-feira, 3 de março de 2008

Mês da mulher - atividades no CAVH

Apesar do 8 de março já estar consagrado como Dia Internacional da Mulher muito do seu significado se perdeu. A data vai além das comuns flores, bombons, tratamentos de beleza e agrados, é uma data política, de resgate e discussão dos problemas das mulheres. A imagem muito divulgada da mulher "moderna" e "independente" não traz à tona as dificuldades e preconceitos encontrados pelas mulheres.

A verdadeira comemoração do Dia da Mulher é feita quando são feitas as discussões sobre a desigualdade entre os sexos, as conseqüências e problemas desse tipo de relação e quando avançamos nos debates sobre a sociedade machista em que vivemos.

Mais do que participar dos atos que ocorrerão no 8 de março, o CAVH propõe uma série de atividades durante todo o mês de março: oficinas, debates, exibição de vídeos para conversar e discutir abertamente com todas e todos!

03/03 (3ªf) a partir do 12h

Oficina de cartazes e fanzines - a mulher na mídia

na sala do CAVH

04/03 (4ªf) 11h30 e 18h

Reunião CAVH

na sala do CA

05/03 (5ª f) a partir do 12h

Oficina de stêncil e camiseta - tragam camisetas, blusas, bolsas, etc. pra serem estampadas!

na sala do CAVH (6º andar)

06/03 (6ªf)

Debate sobre a legalização do aborto

horário e local à confirmar

A programação ainda está em construção e sugestões são muito bem vindas!


C.A. Vladimir Herzog

gestão Mal Educados

maleducados07.blogspot.com

ca_casper@yahoo.com.br