quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Amanhã tem reunião!

Pauta:

Semana de JO

Abaixo assinado

Senta

Plebiscito da Vale

Seminário porto alegre (ENECOS)

Debate e seminário MST

Comissão de bolsas

Debate sobre concessões de rádio e TV

Confisco das cotas de impressão


Faremos duas reuniões: 11h30 e 18h na sala do CAVH

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Aspas bem educadas - Elio Gaspari

CALMON, O GRANDE

Alguém deveria colocar uma placa na sede do Centro Acadêmico 11 de Agosto, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Diria assim:"Sendo governador do Estado de São Paulo o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes José Serra e o secretário de Justiça o advogado Luiz Antonio Marrey, a tropa de choque da Polícia Militar entrou neste prédio e desocupou as instalações invadidas horas antes por militantes da UNE e do MST. Os policiais detiveram 200 pessoas, levando-as para uma delegacia, onde permaneceram por pouco tempo.A ação, solicitada pelo diretor da escola, João Grandino Rodas, deu-se às 2h do dia 22 de agosto de 2007."

Bons tempos aqueles em que Pedro Calmon (nada a ver com o advogado da gestante), reitor da Universidade do Brasil, foi chamado à Faculdade de Direito do Rio. Ela estava ocupada por estudantes. Calmon tinha subido alguns degraus da escadaria quando entrou um tenente da PM, com seus soldados O reitor cumprimentou-o e pediu que voltasse para a rua. Explicou:"Aqui só se entra com vestibular."

Há lembranças de que a frase de Calmon foi inscrita em bronze e colocada colocada no saguão da faculdade, no prédio do velho Senado do Império. Se foi, não está mais lá. (Alô, Alô, ministro Gilberto Gil, o casarão está caindo aos pedaços.)

São aventurosos os tempos dos estudantes. Quando eles passam dos 50, lembram com orgulho e carinho daquilo que fizeram quando tinham 20. A primeira cacetada da PM é como sutiã, ninguém esquece.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Direito de manifestação em che(o)que

Por Juliana Sada e Júlio Delmanto

Às 17:00 desta terça feira, dia 21, como parte da Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública (promovida por diversas entidades estudantis e movimentos sociais), foi declarada ocupada a Faculdade de Direito da USP. A ocupação era simbólica, uma forma de divulgar as 18 pautas consensuais da Jornada (link), e tinha hora marcada para terminar: 17 horas da quarta- feira.

Cerca de 600 pessoas estavam presentes no momento da ocupação. Foram iniciadas negociações com a Diretoria da Faculdade, que, após saber que era um ato pacífico e de 24 horas, se comprometeu a não chamar a Polícia. Na calada da madrugada, às 2 e 10 da manhã, quando cerca de 300 pessoas permaneciam na ocupação, a maioria dormindo, 120 policiais (40 da Tropa de Choque, 60 da Força Tática e 20 policiais femininas) participaram da operação que invadiu a Faculdade, expulsou e deteve todos os manifestantes, em seguida levados de ônibus à Delegacia.

Interessante observar alguns pontos. Primeiro, acabam-se as últimas dúvidas acerca do caráter ditatorial do governo Estadual, se é que alguém as tinha após os recentes atos de repressão aos trabalhadores da Cosipa e do Metrô. Está claro que essa afronta ao direito de manifestação e organização de todos os cidadãos é regra, e não exceção, no governo Tucano.

Em segundo lugar, a diferença no tratamento dado a esta ocupação, formada não apenas por estudantes, e à Ocupação da Reitoria da USP, iniciada em maio e que permaneceu intocada por 52 dias. Os privilégios de classe ficaram claros também na chegada à delegacia, onde antes de tudo a Polícia perguntava aos detidos se eram “estudantes” ou “do movimento”. Na primeira opção, a liberação ficava mais fácil.

E por último, há que se atentar para a importância da discussão da importância dos meios de comunicação, e o quão úteis a uma sociedade menos injusta eles seriam se democratizados. Em momentos como esse, em que vidas estão nas mãos daqueles que empunham armas contra quem deveriam defender, a mídia é fundamental para que a segurança dos mais fracos seja preservada, por mais “do outro lado” que a atual grande mídia historicamente esteja. Ou alguém acredita que o tratamento já truculento dado aos manifestantes não seria o mesmo das habituais torturas dos DP’s de São Paulo se não houvesse a presença das câmeras? Numa sociedade em que a comunicação esteja a serviço de todos, em que não haja a atual diferença entre comunicadores e comunicados, uma das funções da mídia seria denunciar e combater as violações constantes que a PM comete.

Segundo a Secretaria de Segurança “Pública”, a desocupação foi “pacífica” e a invasão da Polícia não necessitou de mandado por ter acontecido a menos de 24 horas da entrada dos manifestantes, o que configuraria flagrante. Segundo o Coronel Camilo, as detenções aconteceram para evitar que “o pessoal do MST se auto-lesionasse para culpar a PM”. Para o governador José Serra “não houve invasão da PM, a Tropa de Choque entrou lá para tirar os invasores”.

Hamilton de Souza, professor da PUC, questiona: “O que causa mais dano à construção da democracia no Brasil, a ocupação simbólica da São Francisco por 24 horas ou a invasão do campus universitário pela PM e a repressão às manifestações públicas?”

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

ATO DE DESAGRAVO



À INVASÃO DA FACULDADE DE DIREITO DA USP
PELA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

À CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
E SUA LUTA POR ACESSO À EDUCAÇÃO PÚBLICA E GRATUITA

DIA 24 DE AGOSTO, SEXTA-FEIRA, ÀS 10H00
NA SALA DOS ESTUDANTES DA FDUSP
(LARGO SÃO FRANCISCO, PRÓXIMO À PRAÇA DA SÉ)

DIVULGUE! COMPAREÇA!

e também:
19h, Pátio da Cruz na PUC-SP Universidade e criminalização dos movimentos sociais
- MST
- MTST
- Metroviários
- Incra
- Volkswagem
- Cosipa*
- Ocupação da USP
- Lúcio Flávio de Almeida*
*a confirmar

CONFIRA AS 18 REIVINDICAÇÕES DA
JORNADA NACIONAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA:
http://www.mst. org.br/mst/ pagina.php? cd=4047 http://www.apropucsp.org.br/jornadaeducacao.htm



José Erasmo Serra Dias e a violência do Estado


Hamilton Octavio de Souza
23.08.2007

Há 30 anos a tropa de choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo, comandada pelo coronel Erasmo Dias, foi usada para invadir o campus da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e reprimir um congresso do movimento estudantil dedicado à reorganização da União Nacional dos Estudantes (UNE). O ato de truculência foi repudiado pela comunidade acadêmica e pela sociedade. Até hoje a invasão da PUC é lembrada como uma violação à autonomia universitária e aos direitos democráticos.

Na madrugada da última quarta-feira, dia 22 de agosto, a tropa de choque da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob as ordens do governador José Serra, do PSDB, invadiu o campus da Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, para reprimir e prender centenas de estudantes e militantes de movimentos sociais que realizaram uma ocupação simbólica, pacífica e apoiada internamente, do pátio da faculdade. A manifestação fazia parte da Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública, organizada por diretórios acadêmicos, DCEs, UNE, Andes, Conlute, Coordenação dos Movimentos Sociais, Intersindical, CPT, MST e mais algumas dezenas de entidades estudantis e movimentos sociais.

A Jornada da Educação procurou resgatar, em atos realizados em vários estados, a dívida secular do Brasil com a erradicação do analfabetismo, o acesso da classe trabalhadora à educação pública de qualidade, a ampliação do investimento público no setor, a gestão democrática das instituições de ensino, a defesa da autonomia universitária e tantas outras reivindicações fundamentais para o povo brasileiro. A Jornada da Educação procurou expressar uma demanda histórica da sociedade através de ações (debates, passeatas, atos públicos e ocupações simbólicas) perfeitamente legítimas no Estado Democrático de Direito. A Jornada da Educação procurou recolocar na ordem do dia uma prioridade que está sendo esquecida pelas autoridades, pelas classes dominantes e pelos meios de comunicação.

O que não faz sentido é o governo do Estado utilizar o aparato policial de São Paulo, que tem por finalidade garantir a segurança da população, para reprimir os movimentos sociais e impedir o direito de manifestação – como já ocorreu recentemente com trabalhadores desempregados, metroviários, sem teto, sem terra e estudantes. O que não faz sentido é a Polícia Militar ser dirigida para passar por cima da Constituição e das leis em desrespeito à autonomia universitária, invadir o campus e prender manifestantes que em nenhum momento ameaçaram a segurança pública – mesmo que a violação tenha sido instigada pelo diretor da Faculdade de Direito, pelo Secretário da Segurança Pública ou pelo governador do Estado.

Do ponto de vista da violação dos direitos constitucionais dos cidadãos, a invasão da Faculdade de Direito da USP, em 2007, está no mesmo patamar da invasão da PUC em 1977, embora as autoridades sejam outras e os discursos e os métodos empregados sejam distintos na truculência. O que devemos nos perguntar é o que mudou no espaço de 30 anos: a ótica do Estado se alterou em relação aos movimentos sociais? O que causa mais dano à construção da democracia no Brasil, a ocupação simbólica da São Francisco por 24 horas ou a invasão do campus universitário pela PM e a repressão às manifestações públicas?

Tudo indica que estamos diante de um simulacro de democracia: a diferença é que anos atrás uma boa parte da sociedade ficava indignada contra a truculência do Estado; agora, muita gente está anestesiada, acomodada e indiferente. Perdemos na nossa humanidade e na nossa consciência política.

Hamilton Octavio de Souza é jornalista e professor da PUC-SP.

domingo, 19 de agosto de 2007

Em discussão: A Vale é Nossa

Na semana da pátria ocorrerá por todo o país o Plebiscito Popular que consultará a população sobre quatro assuntos: a privatização da Cia. Vale do Rio Doce (CVRD), a dívida externa, energia e a reforma da previdência. O nosso próximo grupo de discussão (GD) vem pra discutir um desses pontos: a campanha pela nulidade da leilão da Cia Vale do Rio Doce.

O leilão de privatização da CVRD, feito em 97, é considerado fraudulento e repleto de irregularidades: questiona-se o valor pelo a empresa foi vendida ( estipula-se um valor 28 vezes menor do que o real) até inconstitucionalidades no leilão. Há, atualmente, 107 ações populares, mandatos de segurança e ações civis públicas questionando o leilão. Além disso uma pesquisa revelou que 50,3% dos entrevistados são favoráveis à reestatização da CVRD e apenas 28,2% se mostraram contrários à medida - vale registrar a ironia: a pesquisa foi encomendada pelo DEM (ex-PFL).

Os textos de base para a discussão são Pela Reestatização da CVRD por Frei Gilvander Luís Moreira, A reestatização da Vale do Rio Doce por Hamilton Octavio de Souza além de alguns capítulos da cartilha A Vale é nossa.

Para saber mais: www.avaleenossa.org.br


O GD será na sala do CAVH (6º andar) às 13h e às 17h - terça feira (21/08).

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

REUNIAO ABERTA DO CAVH - amanhã às 11:30

Amanhã (quinta feira), 11:30 no CA.
Pauta:
Plebiscito das 4 perguntas/Vale
Rifa
Atividades pré dia 5 de outubro
Semana de Jornalismo
Próximos Cinecavh e Grupos de Discussão
Finanças
Abaixo assinado
Seminário Jornalismo e Ref. Agrária
E tudo mais.
QUEM PUDER COMPAREÇA. Vamos discutir tbm um horário melhor pras reuniões.

sábado, 4 de agosto de 2007

Em discussão: Movimento Estudantil

A gestão Mal Educados dará início nessa semana aos grupos de discussão. Quinzenalmente nos reuniremos para discutir algum tema pré estabelecido a partir de textos sugeridos e, eventualmente, com convidados. O intuito dos GDs (grupos de discussão) é debater entre estudantes sobre diversos temas sem que haja a necessidade de organizar uma palestra ou seminário. A escolha de temas, textos e convidados é aberta a todos.

O primeiro tema será Movimento Estudantil e os textos de apoio são: Da miséria do meio estudantil dos Situacionistas e Um novo "maio de 68" no campus da USP? do Henrique Carneiro.

O GD será na sala do CAVH (6º andar) às 13h - terça feira (07/08).


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Café Filosófico discute Direitos autorais

Na próxima quinta feira (09/08) acontece mais uma edição do Café Filosófico, iniciativa da Faculdade Cásper Líbero realizada pela Cásper Jr., será das 13h às 14:30 no Parque do Trianon.

A cada mês é abordado um tema diferente e nessa edição será discutida a questão dos direitos autorais - copyleft e copyright.

Café Filosófico
Dia 09 de agosto das 13h às 14:30
Local: Parque do Trianon